Educação e Consciência.

Os Livros Amarelos, Vincent Van Gogh




A educação não pode ser um simples ato de transferir conhecimentos mais de despertar saberes, despertar o pensar, a descoberta do interesse em querer saber.


A educação precisa transcender no fazer pedagógico, valorizando o saber individual que todos têm adquirido no dia a dia na vivência diária de cada indivíduo, respeitando a bagagem cultural de cada ser humano.


A consciência é a compreensão crítica dos seres humanos que interferem na ação transformadora da humanidade, a qual tem um papel indispensável na transformação da sociedade .


A educação tem um papel fundamental na sociedade, se o indivíduo não for capaz de questionar sobre a si mesma e sobre o mundo no qual vive, dessa forma a educação passa a não cumprir o seu papel, pois o ser humano não foi despertado o pensar, a refletir sobre suas próprias experiências, limitações, existência e ações.


"Assim, na medida em que os seres humanos atuam sobre a realidade, transformando-a com o seu trabalho, que se realiza de acordo como esteja organizada a produção nesta ou naquela sociedade sua consciência é condicionada e expressa esse condicionamento através de diferentes níveis". (Freire, 1981)


Se a educação não despertar para a descoberta do pensar, do agir, do questionar o papel do indivíduo no mundo, será condicionado a servir
os interesses da classe dominante que é quem determina e condiciona através dos interesses do capital.


Se a educação não leva a liberdade do indivíduo, o opressor torna-se dono da sociedade, onde alguém manda e outros vivem em obediência e servidão.


Segundo Freire, "quando a educação não é libertadora o sonho do oprimido é ser o opressor". 
É preciso se perguntar a quem serve uma educação que não liberte o indivíduo? Quem é o opressor e o oprimido? O que representa na sociedade o oprimido ou o opressor? 


Refletindo sobre o "cativeiro social" o mesmo tornou-se a base principal para mantê-lo vivo a relação de poder entre dominantes e dominados é esse escravismo entre homens e mulheres que alimenta a servidão, impedindo a ação para libertação.


As escolas precisam ter cheiro de gente, gente que sonha, gente feliz, gente que pensa e ama, gente que fala e questiona, gente que troca saberes e experiências, gente que se comunicar através de um simples olhar.


O sonho por uma educação de qualidade social que liberte o indivíduo dever ser uma luta coletiva, para que possa ser alcançada esse deve ser o desejo de mulheres e homens que sonham e lutam por uma sociedade livre do escravismo social.

Biografia

FREIRE, Paulo. Ação cultural para a liberdade. 5° Ed, Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1981



Sandra Morais 
Graduada em História, professora de rede pública  Municipal de Santo Amaro das   Brotas/ SE e Membro do Grupo de Pesquisa em Educação Cultura e Subjetividade-GPECS/CNPQ/UFS/SE.


 


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